A nova rodada de negociações entre empresas de ônibus do Distrito Federal e rodoviários terminou sem avanços. A reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira (8/11), no Ministério Público do Trabalho da 10ª Região (MPT-DF/TO).
O encontro durou cerca de três horas. Sem entrar em acordo, o grupo marcou uma nova audiência para a próxima segunda-feira (13/11), às 10h.
O acordo fechado até o momento é para que as negociações avancem a partir da manutenção da proposta das empresas de reajuste de 5,33% na remuneração dos trabalhadores, bem como nos planos de saúde e odontológico, além de aumento de 8% no vale-alimentação e de 10% na cesta básica.
Participaram da reunião representantes das cinco empresas de ônibus em operação na capital do país — Marechal, Pioneira, Piracicabana, São José e Urbi; do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal (Sittrater-DF); e do MPT-DF/TO.
Durante a reunião, houve uma possibilidade de retrocesso nas negociações, mas o procurador regional do Trabalho Adélio Justino Lucas mediou a negociação e propôs um acordo entre as partes, para que trabalhassem com valores acordados antes da greve iniciada e suspensa nessa segunda-feira (6/11). Os impactos do movimento ainda estão sob análise.
Após as discussões, as partes entraram em consenso quanto à necessidade de uma nova audiência, com a presença de representantes do Governo do Distrito Federal (GDF), para construir uma solução que atenda tanto as empresas quanto os empregados do sistema rodoviário.
“Entendemos que, para esse processo avançar, o GDF precisa estar presente, para tentar compreender as reclamações das partes. Designamos nova audiência com eles, independentemente de fazerem outras reuniões até a data. Avançamos na construção de uma ideia coletiva, e a presença [de representante] do governo é importante, porque a Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana é a responsável pelo transporte público do DF”, destacou o procurador do MPT-DF/TO.
Categoria e empresários
Representante da Piracicabana, o advogado Victor Marcondes participou da reunião e afirmou que a negociação ainda se manterá entre as empresas e os colaboradores. “Trata-se de um serviço público e, por esse motivo, tem um impacto que afeta não só a sociedade como, também, o governo. Mas negociação permanecerá entre as empresas e o sindicato”, frisou.
Presidente do Sittrater-DF, João Jesus destacou que o GDF havia comunicado não ter condições orçamentárias de arcar com o aumento salarial de 8% pedido pela categoria. “Essa é a primeira rodada de negociações no MPT. Partimos do pressuposto de que elas continuem a partir do reajuste proposto pelas empresas e recusado pelos trabalhadores. Saímos dessa primeira audiência sem avanços, mas esperamos que eles [os empresários] apresentem uma opção melhor”, comentou João Jesus.
Fonte: metropoles.
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