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Quem é o cantor sertanejo preso no meio do show em Goiás

Robson Satto saiu de Rondônia para tentar carreira, mas tinha processo em que é acusado de receptação. Ex-namorada denunciou violência


O cantor e compositor sertanejo Robson Ney de Souza, de 32 anos, que usa o nome artístico Robson Satto, era pouco conhecido até bem recentemente. Nos últimos dias, no entanto, o rondoniense radicado em Goiás ganhou projeção, mas não da maneira como gostaria.

O artista foi preso no meio de um show, em uma choperia de Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital goiana. O motivo para a prisão foi o cumprimento de um mandado de prisão por receptação de produtos furtados em Rondônia, sua terra natal. Mas o Metrópoles apurou que esse não é o único ponto polêmico na vida do cantor.


No episódio mais recente, na última segunda-feira (11/10), Robson era a atração principal do evento “Segunda Sertaneja” e já tinha cantado algumas músicas, quando foi interrompido, ainda no palco, por policiais militares e levado para a delegacia. Havia um mandado de prisão por receptação contra ele. O músico continuava preso no Complexo Prisional de Aparecida até a tarde desta quarta-feira (13/10).

Natural de Ji-Paraná, em Rondônia, Robson se mudou para Goiânia em 2016 com a intenção de impulsionar sua carreira solo no cenário sertanejo. Ele tinha um sonho comum a tantos artistas que desembarcam em Goiás para beber na fonte do sertanejo. Antes, ele foi guitarrista da banda de forró Trio Chaparreira e foi integrante da banda de sertanejo universitário Robinho e Leandro.


De acordo com o site Portal Sul, Robson é um divisor de águas na linha do sertanejo universitário em Ji-Paraná. Ele diz que seu estilo é mais influenciado pelas duplas Jorge e Mateus, João Bosco e Vinicius, além de Fernando e Sorocaba.


Televisão furtada

Acontece que, antes de vir para a capital de Goiás, Robson teve problemas com a Justiça. Ele foi condenado por receptação, que é o “ato de adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, coisa que sabe ser produto de crime”.


Em 2016, o então jovem músico queria abrir uma boate e acabou comprando um televisor mais barato, que na verdade era furtado, segundo o advogado do cantor, Jefferson Ribeiro. Ele acabou não acompanhando o processo e nem sabia que tinha sido condenado, segundo a defesa.

O advogado garante que Robson não sabia que a TV era produto de furto. A pena seria pequena e não previa prisão, mas como o músico não se manifestou no processo, acabou sendo preso durante o show recente em Aparecida de Goiânia. Jeferson entrou com um pedido de soltura e acredita que isso deve acontecer ainda esta semana.


Fãs e violência

No entanto, essa não é a primeira vez que Robston Satto precisa se explicar diante das autoridades. No início da noite do dia 23 de setembro de 2018, ele teria tomado o celular e dado dois socos no rosto da ex-namorada, dentro de um carro na avenida T-1, em Goiânia, segundo denúncia da vítima na delegacia.


Ainda segundo a ex-namorada, depois da agressão ela teria fugido do carro e ele teria gritado: “Entra no carro sua vagabunda”. Um motorista que passava na hora confirmou para a polícia que o cantor chamou a mulher de “louca” e “vadia”.

As marcas das agressões foram confirmadas em exame do Instituto Médico Legal (IML). Robson Satto nega a violência e diz que na verdade, a ex-namorada seria muito ciumenta, já que, como cantor, ele precisaria “dar atenção aos fãs, especialmente ao público feminino”.

O casal teve um relacionamento de apenas quatro meses, mas intenso. Robson chegou a morar na casa da mulher, que teria mais condições financeiras e deixava que ele usasse seu iPhone para publicar fotos de divulgação do músico, segundo depoimento dele para a polícia.


Outra prisão

Robson também responde a um processo por violência doméstica contra outra namorada, de Ji-Paraná. Segundo uma decisão judicial da época, a ex-companheira acusou ele de ser agressivo e ter ameaçado ela de morte.


A vítima relata vários episódios de agressão, como puxões de cabelo, apertões e a destruição de objetos de sua casa.

O advogado de Satto disse ao Metrópoles que desconhece os processos relacionados a violência doméstica e que esses casos não têm relação com a prisão.

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