Um dos candidatos declarou bens no valor de mais de R$ 8 milhões; todos os benefícios foram cancelados. Ministro pondera que postulantes podem ter sido vítimas de fraude e que somente TSE pode constatar possíveis crimes eleitorais.
Levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que 667 candidatos às eleições deste ano em Goiás receberam ao menos uma parcela do auxílio emergencial, mesmo declarando patrimônio superior a R$ 300 mil.
Na lista, constam candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Um dos postulantes declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um total de bens que valem mais de R$ 8 milhões. O relatório considerou o valor de R$ 300 mil porque uma medida provisória assinada em setembro deste ano passou a vetar a concessão do benefício a quem declarou bens a partir de R$ 300 mil em 31 de dezembro de 2019. Essas pessoas não podem receber o auxílio emergencial residual, de R$ 300. A decisão de tornar públicos os nomes dos candidatos - não só de Goiás mas de todo o Brasil - foi do ministro Bruno Dantas. Os dados foram obtidos com base em um cruzamento feito pelo TCU e também pelo Ministério da Cidadania. Todos os benefícios detectados foram cancelados, exceto casos concedidos pela Justiça. O ministro alertou que, nos casos encontrados, pode haver o "risco de erro de preenchimento pelo candidato" e de "fraudes estruturadas com dados de terceiros". Por: Giro da Revista - do metropoles.
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