Foram concluídos 13 inquéritos, dos quais 10 serão arquivados devido à morte do investigado. Não foi confirmado que crimes tenham envolvimentos de políticos ou empresários, como suspeitado anteriormente.
Após a conclusão de 13 inquéritos que investigavam os crimes dos quais Lázaro Barbosa era suspeito, a Polícia Civil não conseguiu comprovar a existência de uma organização criminosa ligada ao foragido. Durante as apurações, os investigadores acreditavam no envolvimento de empresários e até políticos. Porém, novos procedimentos podem ser abertos se houver indício de envolvimento de mais pessoas.
Lázaro era apontado como autor de mais de 30 crimes em Goiás, na Bahia e na Distrito Federal. Entre eles está o assassinato de uma família em Ceilândia. Este caso ainda segue em investigação. O foragido morreu em confronto com a polícia após 20 dias de fuga. Dos inquéritos concluídos, houve o pedido de arquivamento de dez, por considerar que Lázaro agiu sozinho. Não foram detalhados os crimes e as vítimas relacionadas a esses processos.
Um fazendeiro, a ex-mulher de Lázaro, a mãe dela e a viúva do foragido respondem na Justiça por ajudar na fuga. Um caseiro chegou a ser preso, mas o caso foi arquivado porque não ficou comprovado que ele teve envolvimento do favorecimento. Após a morte de Lázaro, no dia 28 de junho, a polícia divulgou que o homem poderia agir como uma espécie de jagunço para fazendeiros da região e que os crimes poderiam estar ligados a conflitos fundiários. Na época, também foi levantada a hipótese de que ele agisse a mando de algumas pessoas da região. “Nessa organização criminosa, nós já levantamentos pessoas importantes que participam dela. Nós temos empresários, nós temos fazendeiros, nós temos políticos”, disse a delegada Rafaela Azzi. Porém, até o momento não houve comprovação sobre esse grupo, segundo informou o delegado Cléber Martins, nesta quarta-feira (28). “Organização criminosa não está claramente evidenciada neste momento, nos procedimentos concluídos, porém novos levantamentos seguem e, tendo elementos de justa causa nesse sentido, novos procedimentos poderão ser instaurados para responsabilização”, disse.
Os três inquéritos que foram concluídos e que não há pedido de arquivamento são referentes aos indiciamentos do grupo suspeito de ajudar na fuga, além da investigação da morte do próprio Lázaro.
Ajuda
Segundo as investigações, o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos, deu abrigo e comida para Lázaro durante a fuga. Ele também teria tentado atrapalhar as investigações dando pistas falsas à polícia. Durante os depoimentos, se manteve em silêncio.
Já a ex-mulher, Luana Cristina Evangelista, e a mãe dela, Isabel Evangelista de Sousa, teriam ajudado o fugitivo. Luana contou à polícia que o ex-marido apareceu na casa onde elas moram e deu R$ 300. Já a viúva de Lázaro, Ellen Vieira, confessou à polícia ter trocado mensagens com o fugitivo momentos antes de ser baleado e morto em confronto com a polícia.
A defesa das três mulheres não quis se posicionar sobre o caso.
Todos vão responder por favorecimento pessoal. O fazendeiro responde ainda por posse ilegal de arma. Um laudo da Polícia Civil apontou que as duas espingardas apreendidas na fazenda não funcionavam.
Confronto e morte
Segundo o boletim de ocorrências, foram disparados 125 tiros contra Lázaro, dos quais quase 40 o atingiram, segundo a Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás.
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que Lázaro Barbosa descarregou uma pistola contra os policiais ao ser encontrado na mata.
Lázaro chegou a ser socorrido e levado a um hospital, mas já chegou sem vida. O corpo foi enterrado após três dias, em um cemitério de Cocalzinho de Goiás.
Por: Portal Forte News**Com informações do G1 GO
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