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Em Goiás: PM é preso e denunciado por golpes de mais de R$ 1 milhão contra colegas

Segundo as investigações, Francisco de Assis Oliveira oferecia dicas de aplicações financeiras em criptomoedas e apostas esportivas. Ao todo, 20 policiais ficaram no prejuízo.


Carro de equipe da Rotam — Foto: Reprodução/Site Casa Militar

Um policial militar foi preso e denunciado por golpes de mais de R$ 1 milhão contra 20 colegas. Segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO) , o cabo Francisco de Assis Jesus dos Santos Soares de Oliveira, oferecia dicas e mentorias sobre aplicações financeiras em criptomoedas, ativos de renda variável e apostas esportivas.

Até a última atualização desta reportagem, o g1 não conseguiu localizar a defesa do investigado para que se posicionasse.

Em nota ao g1, a Polícia Militar de Goiás informou que tomou todas as providências cabíveis na esfera administrativa e acompanha a tramitação do processo na Justiça.


A prisão preventiva contra Francisco ocorreu na quinta-feira (28). Já denúncia foi oferecida pelo MP-GO à Justiça nesta sexta-feira. Segundo as investigações, ao todo, 20 policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) sofreram o golpe.

A Justiça Militar também acolheu o pedido do MP para o bloqueio de valores disponíveis em nome do investigado em contas bancárias.


Dicas e mentorias

Segundo a denúncia, há cerca de um ano, o policial começou a orientar os colegas com dicas e mentorias sobre aplicações financeiras em criptomoedas (tipo de dinheiro virtual), ativos de renda variável e apostas esportivas.

Assim, as vítimas começaram a participar de uma banca conjunta, criada e mantida por Francisco de Oliveira, em uma plataforma on-line, com sede no Reino Unido, onde faria aplicação de valores em apostas esportivas, com promessa de lucratividade de 30% a 50%.


Na denúncia consta que Francisco teria abordado cada colega com garantia de altos rendimentos e dizia que assumiria a responsabilidade caso acontecessem prejuízos. O policial também exigia que cada vítima fizesse um investimento de R$ 10 mil.

Conforme a denúncia, após alguns pagamentos, nenhuma das vítimas recebeu rendimento dos valores e, quando procurado pelos colegas, ele dizia que os valores aplicados estavam bloqueados por problemas técnicos.

Para liberar os valores, Francisco pedia aos colegas mais R$ 2 mil. Como eles não concordavam com a exigência, o cabo prometeu pagá-los até 20 de dezembro de 2021. Porém, desde então, não receberam e continuaram com os prejuízos.

g1 Goiás.

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