De acordo com a Polícia Civil de Goiás, a ossada da jovem dada como desaparecida pelo companheiro foi encontrada enterrada em um buraco de, aproximadamente, 5 metros de profundidade em uma fazenda de Orizona, no sul goiano. O homem está preso como principal suspeito do crime.
Dayara Talissa Fernandes da Cruz, 21 anos, teria sumido em 10 de março deste ano. A Polícia Civil informou que o companheiro dela, Paulo Antônio Eruelinton Bianchini, registrou o desaparecimento no dia 25 daquele mês. A ossada foi encontrada no último dia 6.
Principal suspeito
Segundo o delegado responsável pela investigação do caso, Kennet Carvalho, foram constatadas contradições no depoimento do empresário; por isso, a polícia passou a considerá-lo suspeito de ter assassinado a mulher, ocultado o corpo e registrado o falso desaparecimento na Polícia Civil.
O advogado de Paulo Bianchini, Divino Diogo, apresentou o cliente à delegacia de Vianópolis, em 1º de julho, para colaborar com a Justiça. A defesa informou que contestará as inconsistências no inquérito, que tem “meros indícios em razão do vínculo afetivo com a suposta vítima”.
Relacionamento complicado
Daniela da Cruz, irmã da vítima, contou que, inicialmente, Paulo disse aos familiares que havia deixado a jovem em uma rodoviária, mas posteriormente alterou a versão diversas vezes, afirmando que ela tinha desaparecido de outros locais. Quando questionado pela família, o homem chegou a parar de responder e bloqueou o contato da mãe e da irmã de Dayara.
Segundo Daniela, Paulo era ciumento e violento durante o relacionamento. De acordo com ela, os dois chegaram a terminar o relacionamento no fim de 2023, mas reataram no início deste ano.
Conforme a família de Dayara, o homem não permitia que ela trabalhasse; por isso, a jovem não tinha emprego formal.
Ainda segundo a irmã, ela tinha muita vontade de ser mãe. “Ela tinha um coração muito bom. Nunca fez mal a ninguém”, destacou ao g1.
Dayara era natural de Diamantino, em Mato Grosso. Familiares da vítima viajaram para Goiás a fim de prestar homenagens no local onde os ossos foram encontrados, em 6 de julho.
Segundo ela, durante a ida até a fazenda, a família acendeu velas e rezou. “Hoje, dentre todo esse tempo, foi o único dia que vi meu pai chorando. Fomos onde ela estava, acendemos velas para ela e rezamos um terço”, contou a irmã ao g1.
“É muito triste, ela estava em um lugar no meio do nada. É desumano”, completou Daniela.
Fonte: metropoles.
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