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Mãe de jovem achada morta em mata faz ato para homenagear filha, mas não entra no quarto

Quatro amigos da vítima foram presos suspeitos de cometer o crime para ver se um deles era psicopata. Mãe de Ariane diz que dor da perda não diminui.


Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos — Foto: Arquivo Pessoal/Eliana Laureano

A cabeleireira Elaine Laureano, mãe da jovem Ariane de Oliveira, encontrada morta em uma mata, disse que ainda não conseguiu entrar no quarto da filha e nem se desfazer dos objetos dela. Familiares e amigos fazem um ato neste domingo (26) em homenagem à vítima em Goiânia e pedindo a punição dos quatros amigos suspeitos de cometerem o crime para ver se um deles era psicopata.

“Minha dor não diminuiu em nada até hoje, mesmo com a prisão dos suspeitos. Eu não consegui entrar no quarto dela até hoje, acho que vou conseguir fazer isso só daqui um ano”, disse. Ariane desapareceu no dia 24 de agosto. Uma semana depois, o corpo dela foi encontrado em uma mata. Ela foi morta a facadas. Desde então, a mãe conta que sofre com a perda da filha e luta pela punição dos suspeitos.


Família e amigos de Ariane Bárbara Oliveira fazem ato em homenagem à jovem — Foto: Delúbio Reis/TV Anhanguera

Foram presos Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18 anos, que usa o nome de Freya, Raíssa Nunes Borges, 19, e Jeferson Cavalcante Rodrigues, 22; além disso foi apreendida uma adolescente de 16 anos, que não teve o nome divulgado.

O g1 não conseguiu descobrir quem representa a defesa dos suspeitos para pedir uma posição sobre o caso até a última atualização desta reportagem.

Nesta manhã, familiares e amigos se reuniram no Lago das Rosas usando camisetas com o rosto de Ariane estampado e balões brancos. “É uma homenagem para ela, porque não teve missa de sétimo dia nem velório. Vamos fazer uma oração e também pedir Justiça”, disse a mãe.


Sumiço e desespero

Eliane se recorda que recebeu, na noite que a filha saiu com os amigos, uma mensagem de áudio da jovem falando sobre os planos de lanchar e dizendo que voltaria mais tarde.

No entanto, a menina não retornou para casa e, desesperada, a mãe registrou o desaparecimento dela e passou a procurá-la. O corpo de Ariane foi encontrado sete dias depois em mata no Setor Jaó - mesmo bairro em que a vítima disse que iria com os amigos.

“A Ariane saía muito e sempre me mandava vídeos com quem ela estava, inclusive, vídeos com eles. No dia, ela estava pronta para dormir e eles a tiraram de casa. A chamaram para morte”, lembrou a mãe. Enzo Jacomini, Jeferson Rodrigues e Raíssa Borges, suspeitos de matar Ariane Bárbara — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Um dos suspeitos do crime enviou uma mensagem para Eliane no dia em que o corpo da filha foi encontrado pela polícia. No texto, ele dizia que amava Ariane e que ela não merecia morrer.

A mãe revelou ainda que a adolescente suspeita de participar do crime também enviou uma mensagem, mas na noite de 15 de setembro - um dia antes de ser apreendida -, pedindo perdão.

Investigação

As investigações da Polícia Civil apontaram que os quatro suspeitos chamaram a vítima para lanchar dizendo que a buscariam em casa e a levariam de volta após o passeio.

No entanto, a corporação apurou que o grupo planejou o crime no dia anterior, tendo feito até uma lista de possíveis alvos e escolhendo Ariane por ela ser pequena e, teoricamente, fácil de segurar caso resistisse.


Homicídio

O delegado Marcos explicou como o grupo se organizou para cometer o crime dentro de um carro:


  • Jeferson ficou responsável por levar o carro, forrar o porta-malas com sacos de lixo (para levar o corpo até o local onde ele seria deixado) e providenciar as facas;

  • Eles colocaram uma música sobre homicídio para tocar durante o passeio e, em um dado momento, o motorista estalou os dedos, o que a Polícia Civil descobriu que era a indicação para Ariane ser morta;

  • Segundo o delegado, primeiro Enzo enforcou a vítima, depois ela foi esfaqueada - a suspeita é de que a adolescente deu o primeiro golpe e Raíssa o segundo;

  • As investigações apontaram que, em seguida, o corpo da vítima foi colocado no porta-malas do carro e deixado em uma mata - Jeferson foi flagrado caminhando pela região na noite do crime.

  • Ainda de acordo com as investigações, o grupo saiu para lanchar logo após o crime e depois continuou convivendo normalmente, inclusive fazendo publicações em redes sociais.

Do g1 Goiás.



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