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“Meu exército não vai pra rua”, diz Bolsonaro sobre lockdown nacional

Presidente disse poder tomar a medida, se quisesse, mas que não vai obrigar o povo a ficar em casa porque não é "ditador"


Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em uma conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, na manhã desta segunda-feira (8/3), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que, se quisesse, poderia decretar um lockdown nacional para frear o contágio da Covid-19, mas que não vai “colocar o exército na rua” para “obrigar o povo a ficar em casa”.

“Eu poderia decretar lockdown, sabia disso? Por exemplo, fecho um estado. O governador pode pegar uma região do estado, além de fechar ainda se pode impor outras medidas restritivas. E dentro daquela região, se o prefeito quiser ele ainda coloca mais medidas restritivas ainda”, explicou Bolsonaro.


“Não vou decretar [o lockdown]. E pode ter certeza, o meu exército não vai pra rua obrigar o povo a ficar em casa. Eu quero paz, tranquilidade, respeito às instituições, mas algumas delas estão se excedendo”, continuou.

O chefe do Executivo ainda afirmou, na ocasião, que se fosse dono de tudo seria um “ditador”.


Japão

Bolsonaro apontou o Japão como exemplo do combate à pandemia. Ele ainda argumentou que, no momento em que combatia a Covid-19, o Japão “não adotou medidas de isolamento”, mesmo “tendo a população mais idosa do mundo”. E lembrou que havia crescido perto de um bairro japonês e que nunca tinha visto um “japa pedir esmola”.

“No Japão, não teve fica em casa, e a população é talvez a mais idosa no mundo. Mas lá ninguém estava unido para derrubar o presidente, estava unido para derrubar o vírus. Assim é quase no mundo todo. Raros são os países que estão aproveitando a pandemia para derrubar o presidente”, sugeriu.

Neste domingo (7/3), o Brasil bateu recorde pelo 12º dia consecutivo na média móvel de mortes causadas por Covid-19. A taxa chegou a 1.495, após o registro de 1.086 mortes.

Foram 80.508 novos infectados nas últimas 24 horas. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o Brasil já perdeu 265.411 vidas para a doença e computou 11.019.344 casos de contaminação.


Por: Portal ForteNews **Com informações do metropoles


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