Gabriella Castro Silva descobriu no oitavo mês de gestação que bebê tem cardiopatia congênita. Aliviada, ela conta que entrou com ação para garantir que filha sobreviva: 'Não pedi nada além do que tenho direito'.
Grávida, a gerente administrativa Gabriella Castro Silva, de 30 anos, conseguiu na Justiça o direito de dar à luz e tratar a filha em uma unidade de saúde em São Paulo. Moradora de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, ela conta que descobriu com oito meses de gestação que a bebê vai nascer com uma grave cardiopatia congênita, conhecida como síndrome do ‘meio coração’.
“A única coisa que eu quero é que minha filha tenha a melhor chance, o melhor tratamento. Não pedi nada além do que tenho direito”, disse. Sem ter condições de arcar com os custos dos procedimentos, ela solicitou que o plano de saúde do qual ela é beneficiária pague o tratamento na unidade de saúde mais indicada para o caso da filha, pois a menina precisará passar por três cirurgias após o nascimento. “Consultei mais de um especialista, e eles foram unânimes em dizer que o melhor lugar para a minha filha nascer, onde ela terá mais chances de sobreviver, é nesse hospital em São Paulo. No início, o plano se negou e disse que só pagaria o tratamento em Goiânia, onde não existe tratamento adequado para o caso da minha filha”, explicou. Com receio de a bebê nascer em uma unidade de saúde que não forneça os cuidados que ela precisa, Gabriella entrou com uma ação na Justiça, no dia 6 de janeiro, contra o plano de saúde Instituto de Assistência à Saúde do Servidor Público de Senador Canedo (Iamesc). Em decisão judicial do último dia 18, o juiz Thulio Marco Miranda, da 2ª Vara Cível, Família, Sucessões, Fazendas Públicas, Registros Públicos e Ambiental, da comarca de Senador Canedo, ordenou que o plano de saúde cubra todos os procedimentos e tratamentos necessário na unidade de saúde paulista. Em nota enviada ao G1, a Prefeitura de Senador Canedo, por meio do plano de saúde Iamesc, informou que vai pagar todos os procedimentos que serão realizados no hospital em São Paulo conforme consta nos orçamentos emitidos pela instituição. O município disse ainda que, “seguindo o princípio da dignidade da pessoa humana e do direito à vida, a gestão municipal está empenhada em garantir o bem-estar físico, mental e social da mãe do recém-nascido e da família”. Por: Giro da Revista - *G1 Goiás
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