Segundo polícia, ele foi detido em flagrante enquanto recebia dinheiro dentro de envelope de exame. Dono de laboratório, que fazia o pagamento, também foi preso.
Um funcionário da Prefeitura de Águas Lindas de Goiás foi preso suspeito de integrar um esquema de corrupção, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, ele foi autuado em flagrante no momento em que um dono de um laboratório entregava propina para ele dentro de um envelope de exame. O empresário também foi detido.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia obtido contato com as defesas dos suspeitos para que se posicionem.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Águas Lindas de Goiás, por ligações, mensagens e e-mail entre 16h e 16h35, para saber um posicionamento do município referente ao caso, e aguarda retorno.
As prisões foram na quinta-feira (26). Segundo o delegado Cléber Martins, o dono da clínica, que é localizada em Goiânia e presta serviços para a prefeitura, negociou o pagamento de propina para o funcionário da prefeitura com o objetivo de que ele facilitasse a aprovação de um contrato de cerca de R$3,5 milhões dessa empresa com o município.
O investigador contou que a propina foi oferecida para o funcionário, que é da Secretaria Municipal de Saúde, e ao presidente do Conselho Municipal de Saúde. No entanto, conforme o investigador, ao receber a proposta, o presidente “deu a entender” que aceitaria, mas denunciou o caso à polícia.
“A propina seria para um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde e para o presidente do Conselho Municipal de Saúde. Mas eles não esperavam que o presidente do Conselho não aceitaria a propina. Ele deu a entender que aceitaria, mas foi direto para a delegacia e relatou o caso”, contou.
Ainda de acordo com o delegado, um denunciante informou que o dono do laboratório iria até Águas Lindas de Goiás na quinta-feira para fazer o pagamento da propina e, após isso, a corporação colocou uma equipe de vigilância para acompanhar a situação.
“A reunião aconteceu entre o servidor da secretaria e o presidente do conselho. Assim que eles terminaram a reunião e acertaram a propina mensal, que ia ser paga todo dia 10 do mês, em um envelope do laboratório, como se fosse um resultado de exame, a gente os prendeu”, disse.
O empresário foi autuado por crime de corrupção ativa, por oferecer vantagem indevida para funcionário público, e o servidor foi autuado por corrupção passiva, por aceitar a propina.
“O procedimento foi feito em flagrante. Foi comunicado o poder judiciário e agora aguardamos a audiência de custódia e vamos continuar com a investigação até finalizar o inquérito”, disse.
SIGA NOSSO INSTAGRAN Fonte: g1 Goiás.
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