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Flordelis é afastada do cargo de deputada federal

O julgamento desta terça analisou se Flordelis poderia continuar no cargo de deputada enquanto espera o julgamento do processo no qual é acusada de ser a mandante da morte do marido



A deputada Flordelis dos Santos de Souza (PSD) foi afastada de seu mandato como deputada federal nesta terça-feira (23). A decisão partiu da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio de Janeiro e se deu por unanimidade.

O julgamento desta terça analisou se Flordelis poderia continuar no cargo de deputada enquanto espera o julgamento do processo no qual é acusada de ser a mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.

Além da decisão em questão, outro passo importante a fim de retirar o cargo político de Flordelis foi dado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que instaurou, também nesta terça, o processo disciplinar que pode levar à cassação da deputada.


Posição privilegiada

De acordo com o relator do processo no TJ, o desembargador Celso Ferreira Filho, a condição de parlamentar dá para a deputada uma situação privilegiada em relação ao demais réus na construção de sua defesa no processo.

Tal fato se dá porque Flordelis tem foro privilegiado. “A condição de parlamentar federal que ostenta, no momento, a ora recorrida, lhe proporciona uma situação vantajosa em relação aos demais corréus da ação penal originária. Tanto assim, que não foi ela levada ao cárcere”, disse Celso Ferreira.


Ainda de acordo com ele, “o político, administrativo e econômico assegura a utilização dos mais diversos meios, a fim de fazer prevalecer a sua tese defensiva”. O desembargador afirmou ainda que as ações da deputada citadas nos autos do processo podem significar interferência na apuração da verdade dos fatos.


“Veja-se que nas redes sociais há evidências de diálogos indicativos do poder de intimidação e de persuasão que a ora recorrida exerce sobre testemunhas e corréus. Igualmente, não há dúvidas de que, pela função que exerce, possui ela meios e modos de acessar informações e sistemas, diante dos relacionamentos que mantém em virtude da função parlamentar”, completou.

Os outros dois desembargadores – Antônio José e Katia Jangutta -, seguiram o voto do relator, que acredita que há situações concretas que demonstram atos de Flordelis para atrapalhar a “busca pela verdade” no processo.


A morte de Anderson do Carmo, marido da deputada

O pastor Anderson do Carmo foi executado na madrugada de 16 de junho de 2019, na garagem de casa. As investigações mostraram que ele controlava toda a parte financeira e ainda as carreiras política, religiosa e artística da deputada, o que causava revolta em muitos integrantes da família.


Até hoje, Flordelis só não foi presa porque tem imunidade parlamentar. Os outros 10 réus estão na cadeia, entre eles, sete filhos e uma neta da deputada.

Por: Portal ForteNews *Do brasil123


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