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Empresário suspeito de vender carros e sumir com R$ 3 milhões de clientes é preso, em Goiás

Dono de loja de veículos tinha mandado de prisão em aberto e se apresentou à delegacia com advogado. Ele estava desaparecido há 15 dias.


Clientes chamam a polícia para tentar receber dinheiro de venda de carros em loja de Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O dono da garagem de veículos Will Seminovos se apresentou à Polícia Civil na segunda-feira (18), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Ele tinha um mandado de prisão em aberto por estelionato e ficou preso quando chegou à delegacia. O empresário é suspeito de vender carros de clientes e não repassar o dinheiro da venda.


A defesa do empresário disse que pediu na Justiça a anulação da prisão, já que o cliente é réu primário, tem bons antecendentes, endereço fixo e é trabalhador. A defesa informou que ele assumiu a responsabilidade e quer quitar as dívidas. Além disso, o advogado falou que a prisão pode prejudicar o estado de saúde do cliente, que está em tratamento médico após surto psicológico.

A delegada Bruna Coelho comentou que a quantidade de clientes que registraram ocorrência saltou de 40 para 80 em duas semanas e, consequentemente, o valor estimado do prejuízo saltou de R$ 1 milhão para R$ 3 milhões.

“Ele confessou que teve problemas financeiros. Realmente, ele pegava os carros das pessoas e não repassava o dinheiro. Ele financiou veículos para terceiros sem autorização do dono e isso virou uma dívida muito grande", esclareceu a delegada.


Loja fechada

As vítimas contaram que quando chegaram a garagem os funcionários queriam fechar o comércio e levar os computadores. Foi preciso chamar a Polícia Militar. Depois, foram para a delegacia registrar ocorrência, em de 4 julho deste ano.

O empresário Roberto Lima estava comprando uma caminhonete. ele deu um carro de entrada e financiou o restante por um banco, que fez o pagamento para a loja.

“Me pediram para entregar a caminhonete depois porque iam revisar o veículo. Depois me pediram para entregar logo o meu carro, mas eu disse que não dava porque tinha coisas para resolver. Sumiram a caminhonete e os funcionários falam que ele [dono] não pagou o antigo dono e ele buscou a caminhonete”, disse.

A administradora Juliana Dibello deixou um carro na loja, que já foi vendido há um mês. Ela recebeu R$ 30 mil de entrada, mas o restante, que foi financiado pelo comprador, nunca chegou para ela.

“Depois de um mês de vendido, ele passou R$ 30 mil para o meu esposo e ficamos com R$ 60 mil no prejuízo”, contou.

g1 Goiás.


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