Crianças são internadas após surto de vômito e diarreia em escola de Luziânia

Cerca de 40 crianças de uma escola particular de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, foram internadas na última sexta-feira (21) após apresentarem sintomas como vômito e diarreia. A suspeita inicial é de que a contaminação tenha sido causada pelo consumo de água fornecida à unidade escolar.

Segundo Rafael Avelar, pai de um dos alunos afetados, seu filho de oito anos relatou que a água consumida na escola estava com um gosto estranho, semelhante ao de água salobra. A Escola Integrada Sesi Senai de Luziânia foi inaugurada em janeiro deste ano e recebe água de uma empresa terceirizada. De acordo com Rafael, seu filho já está recuperado, assim como os demais alunos que receberam alta médica.

O incidente teve início na noite de sexta-feira, quando algumas crianças passaram mal e buscaram atendimento médico em um hospital particular da cidade. No local, Rafael foi informado de que dezenas de alunos da mesma escola estavam sendo atendidos com sintomas semelhantes.

A unidade escolar se manifestou por meio de nota, informando que está prestando assistência às famílias afetadas e adotando medidas para evitar novos incidentes. Como medida preventiva, a escola passou a fornecer água mineral para os alunos a partir desta segunda-feira (24). Além disso, providenciou a limpeza e desinfecção dos reservatórios de água e afastou o responsável pela compra do fornecimento anterior.

A Saneago, companhia estadual de abastecimento, informou em nota que fornece água apenas até o hidrômetro da escola, mas essa água não é utilizada internamente devido à necessidade de uma obra na unidade. Dessa forma, a escola vinha adquirindo água por meio de caminhões-pipa de fornecedores privados. Na segunda-feira (24), um representante da escola comprou 50 metros cúbicos de água tratada da Saneago, equivalente a cinco caminhões-pipa, mas a retirada ainda não havia sido realizada até o momento da divulgação da nota.

A companhia reforçou que garante a qualidade da água distribuída a partir de suas estações de tratamento, mas que não se responsabiliza pelo armazenamento e transporte realizado por terceiros. Equipes da Saneago foram ao local para analisar a água entregue no hidrômetro da escola e confirmaram que ela atende aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

A direção da escola afirmou que está acompanhando de perto a situação e que manterá os pais informados sobre os desdobramentos das investigações sobre a origem da contaminação.