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Cirurgiã é proibida de atuar após paciente denunciar queimaduras ao fazer plástica

Vendedora está internada no Hugol e diz que sente muitas dores. Defesa da médica disse que Cremego está cumprindo o papel em apurar a situação.


Médica Lorena Duarte Rosique é interditada pelo Cremego — Foto: Reprodução/Lorane Rosique

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) interditou provisoriamente a médica Lorena Duarte Rosique. Com isso, ela fica proibida de exercer a medicina em todo país. Uma paciente denunciou que teve queimaduras e pele necrosada após uma cirurgia plástica com a profissional, em Goiânia. A defesa da cirurgiã disse que a entidade está cumprindo o papel em apurar a situação.


A interdição tem prazo de seis meses, podendo ser prorrogada por mais seis meses ou ser interrompida a qualquer momento. A medida foi determinada na última quinta-feira (17).

O Cremego informou que essa proibição temporária em atuar como médica é um procedimento administrativo para “restringir o exercício da profissão por médicos cuja ação ou omissão, decorrentes de sua profissão, esteja prejudicando gravemente a população, ou na iminência de fazê-lo”.


A vendedora Kelly Cristina Gomes da Costa, de 29 anos, denunciou que teve queimaduras e pele necrosada após um procedimento para levantar os seios, eliminar gordura e aumentar o bumbum. A cirurgia aconteceu no dia 19 de janeiro.


Ela conta que, depois do procedimento, sente muitas dores e está muito abalada psicologicamente. Ela está internada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira desde o dia 5 de fevereiro para tratar as sequelas que ficaram. O estado de saúde dela é regular. Ela está consciente e respirando espontaneamente.


Investigações

O Cremego disse que tomou conhecimento de denúncias contra a médica em fevereiro e logo começou a apurar a conduta profissional da especialista. Toda investigação é sigilosa.

“Fico agoniada, não tenho esperança de alta e às vezes tenho medo de não aguentar”, disse Kelly, emocionada.

A defesa da cirurgiã informou, em nota, que a paciente estava ciente de todos os riscos da operação e assinou um termo de consentimento. Também de acordo com o comunicado, a médica orientou 20 sessões de câmara hiperbárica e outros tratamentos, que a paciente não fez como recomendado. Por fim, o texto diz que ela "se defenderá veementemente de pré-julgamentos, denúncias infundadas e de tentativas de macular sua honra".

O caso também é investigado pela Polícia Civil. O delegado Fábio Meireles disse que foi feito um registro por lesão corporal culposa. A paciente e testemunhas foram ouvidas e relataram como foi a cirurgia e como foram os dias após o procedimento.

A polícia espera a conclusão dos laudos da perícia para identificar melhor as causas das queimaduras e necrose na pele. Apenas depois disso, a médica Lorena Rosique será ouvida.


Cirurgia plástica

A operação foi feita no dia 19 de janeiro, em um hospital que fica no Setor Marista e custou R$ 20 mil. Antes de deixar o hospital, as enfermeiras teriam a alertado sobre as queimaduras nas costas e na barriga. Kelly disse que, mesmo após questionar a médica, foi liberada para ir para casa.

O procedimento era um sonho da jovem, mas que se tornou algo distante do que ela tinha planejado.

“Eu mandava áudio para ela chorando: ‘Dra. está queimando, estou com muita dor’. Ela aumentava os remédios, mas não adiantava. Eu estava com muita dor”, disse a mulher.

A vendedora contou que nunca perdeu o contato com a médica e que ela a atendeu sempre e que chegou a acompanhá-la em um pronto socorro às pressas, quando sentiu falta de ar. No entanto, Kelly disse que a cirurgiã teria ignorado a gravidade do caso.

Fonte: g1 Goiás

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