Um jovem de 23 anos foi preso suspeito de matar a namorada, Ana Beatriz Gonçalves Silva, de 17, em Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, testemunhas afirmaram que ele tentou agredir a vítima um dia antes dela ser encontrada morta dentro de casa.
Em nota, a Defensoria Pública informou que representou o suspeito durante a audiência de custódia, “cumprindo o dever legal e constitucional de garantir a defesa de pessoas sem condições de pagar por um advogado particular” e que não comentará o caso. A instituição destacou ainda que, após a audiência de custódia, será iniciado o processo criminal, no qual o acusado terá prazo para constituir sua defesa, que poderá ser realizada pela Defensoria Pública ou por um advogado particular.
A prisão ocorreu no sábado (23). De acordo com a Guarda Civil Municipal, responsável por atender a ocorrência, inicialmente o chamado reportava um suposto caso de suicídio. O suspeito, encontrado ao lado do corpo, afirmou aos guardas civis que estava dormindo e, ao acordar, “encontrou ela deitada no quintal, sem vida”.
No entanto, a perícia constatou marcas incompatíveis com um suicídio por enforcamento, conforme foi alegado. A adolescente apresentava lesões nas mãos e nos pés, além de uma mancha de sangue na camiseta. A perícia também constatou sinais nos joelhos que indicavam que ela estava ajoelhada antes de morrer, enquanto o suspeito alegava tê-la encontrado sentada.
Testemunhas relataram aos policiais que, no dia anterior, o jovem teria ido até o local de trabalho da adolescente e tentado agredi-la com uma corrente. Um funcionário de uma frutaria próxima impediu a agressão. Sobre a briga, o suspeito alegou à polícia que a discussão foi motivada por ciúmes.
O jovem foi preso e levado à Delegacia da Mulher. A Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) apreendeu os celulares da vítima e do suspeito, sendo que o aparelho dela estava danificado.
A vítima
Ana Beatriz Gonçalves Silva, de 17 anos, trabalhava em uma lanchonete perto de casa. A adolescente morava com o suspeito.
Uma cliente de uma panificadora onde ela havia trabalhado anteriormente descreveu a adolescente como “do bem, sempre alegre”.
“Respeitava muito as pessoas e, talvez por me enxergar como uma figura materna, acabou por me contar a vida dela”, disse a mulher, que preferiu não se identificar.
Fonte: g1 Goiás..
Comments